Financiar um projecto de empreendedorismo é das decisões mais importantes que se tem que tomar para o arranque do mesmo. Podemos também considerar que com o grande fomento do empreendedorismo em Portugal, houve termos mais ou menos técnicos que se tornaram em linguagem comum, mas que nem sempre são totalmente compreendidos pelo seu significado real.
Uma das primeiras formas de financiar um projecto, é o que é feito por meios pessoais, ou seja pelo capital que o investidor ou promotor do projecto tem disponível seja através do seu próprio dinheiro, seja daquele que pede emprestado à família.
A segunda forma de financiar um projecto é aquela que é feita através de instituições financeiras.
O financiamento através da nossa rede pessoal estará dependente dos contactos que detemos ou do meio social onde nos inserimos, e da confiança que essas pessoas têm no projeto, ou em nós próprios enquanto empreendedores.
Mas, mesmo que confiem muito em nós e no projecto que apresentamos nem sempre o capital disponível e a financiar é suficiente, e é aí que entram as instituições financeiras.
O que são Instituições Financeiras?
As instituições financeiras exercem atividades específicas distintas que, para além de as caracterizar, permitem classificá-las com base no papel que desempenham no que diz respeito a financiar projectos. O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) divide as entidades financeiras em dois grupos principais:
- Instituições de Crédito;
- Sociedades Financeiras.
Instituições de Crédito
O RGICSF classifica como Instituições de Crédito (IC) as empresas cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito a terceiros;
De entre as Instituições de Crédito, destacam-se os Bancos e as Caixas.
Sociedades Financeiras
O RGICSF classifica como Sociedades Financeiras (SF) as empresas que não sejam instituições de crédito, onde se inserem as sociedades financeiras de corretagem, corretoras, mediadoras de mercados monetários ou de câmbios, sociedades gestoras de fundos de investimento, patrimónios, fundos de titularização de créditos, sociedades de desenvolvimento regional e agências de câmbios.
Será então dentro desta categoria que encontraremos as Capitais de Risco e Associações de Business Angels, de que tanto os empreendedores ouvem falar, assim como entidades que canalizam incentivos como Fundos Comunitários (H2020, Portugal 2020, etc.).
Devem os empreendedores procurar financiar o seu projecto junto da Banca ou das Capitais de Risco?
É importante perceber que, qualquer que seja a via, há dinheiro disponível para financiar startups, quer nas capitais de risco, quer junto dos Business Angels (investidores particulares) ou da banca.
Ainda assim, o primeiro passo para qualquer empreendedor é verificar se tem capitais próprios para financiar o projeto e se necessita, mesmo, de capital alheio. Verificada esta condição, se for necessário financiamento, a dúvida instala-se: onde procurar o melhor parceiro para financiar o projecto?
Mas o que esperar de uma Capital de Risco ou Business Angels?
O capital de risco é um meio de financiar um projecto, em que a entidade financiadora adquire uma participação direta e minoritária do capital social de uma empresa, com o objetivo último de a médio/longo prazo vender a sua participação na empresa e assim realizar mais-valias do valor investido inicialmente.
Normalmente são investidores profissionais que têm uma estrutura bem definida e uma rede de parcerias que permite, pela intervenção direta na gestão da empresa, implementar soluções profissionais e desenvolver estratégias de eficiência na produção e distribuição, marketing e promoção.
O capital de risco diferencia-se do financiamento bancário porque não se traduz em endividamento para a empresa. Representa uma compra de parte de uma empresa, normalmente através da compra de parte do capital social, e que pode também assumir uma parte da gestão ou gerência da empresa.
No contexto dos investidores de capital de risco, encontramos os Business Angels, que mais não são do que investidores que atuam por conta própria, proporcionando baixas taxas de financiamento a projetos de seed capital e Startups. Não se trata de investimento exclusivamente financeiro, pois o ‘Anjo’ também traz os seus conhecimentos e rede de contactos. Estes investimentos executados por investidores privados são também conhecidos como smart-money.
Deste modo, por todas as razões referidas, estes meios de financiamento têm-se tornado cada vez mais atrativos, tendo-se implementado várias associações de Business Angels e Sociedades de Capital de Risco em Portugal.
Existe alguma alternativa mais ‘barata’ para financiar um projeto?
Com todas as políticas de fomento da competitividade das empresas europeias, existem várias linhas que permitem acesso a incentivos, incentivos esses que se apresentam com condições impossíveis de encontrar em qualquer outro meio de financiamento. ‘Dinheiro barato’ para apoiar projetos com potencial nacional e internacional, com uma grande maioria destes incentivos sendo até 75% a fundo perdido, como Vales Simplificados, Portugal 2020 e Horizonte 2020.
Como determinar e selecionar as fontes de financiamento?
Antes de olhar para o mercado de financiamento, aconselha-se os promotores a verificarem se existe possibilidade de implementar o projeto com recursos próprios, ou mesmo sem recursos financeiros.
Caso haja necessidade de financiamento devemos definir o montante necessário, em que período de tempo, para alcançar quais objetivos e até que ponto o promotor está disposto a negociar (por exemplo a entrada de novos sócios, etc.).
Para que estas questões sejam devidamente identificadas, elaboramos um plano de negócios rigoroso e estudos de viabilidade o mais precisos possível para que, tanto o promotor como os potenciais investidores/entidades financiadoras saibam o que esperar. Isto permite entender as necessidades do projeto e conseguir uma melhor negociação de termos aquando do financiamento, ou, no caso de incentivos, uma maior taxa de aprovações e majorações. Só depois deste trabalho, se deve selecionar uma fonte de financiamento.
Na Bizno Solutions, para além de uma taxa sucesso próxima dos 100% no financiamento de projetos nacionais e internacionais, temos uma equipa experiente e várias parcerias e protocolos com entidades e instituições habilitadas no apoio para financiar projectos de empreendedorismo válidos.
Se ainda ficou com dúvidas, ou se pretende saber qual a viabilidade do seu projecto ou ideia de negócio, e como o pode financiar, não hesite em contactar-nos!
Até Breve!